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Prisão do governador: : de ele (sujeito) e não dele (objeto).


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Após o fracasso da primeira comitiva, Justino ordenou a deposição do governador,{{Sfn|Silva|2014|p=369}} que, por sua vez, telefonou a [[Brasília]] e ouviu de [[Argemiro de Assis Brasil|Assis Brasil]], chefe do [[Casa Militar (Brasil)|Gabinete Militar]] da Presidência: “”Resista, governador, porque estamos vencendo em todas as frentes””.{{Sfn|Silva|2014|p=370}} O novo ultimato falhou às 15:00.{{Sfn|D’Aguiar|1976|p=174}} Num dado momento houve ainda a exigência de que Arraes renunciasse. O governador só aceitaria sua deposição pela força, afirmando que não sairia dali desmoralizado.{{Sfn|Motta|2003|p=72|loc=Tomo 6}}{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=76}} Conforme Celso Furtado, os oficiais novamente compareceram ao palácio e o coronel Castilho foi incisivo — “”o senhor está deposto por ordem do IV Exército””. Arraes respondeu: “”Deposto, não. Poderei estar preso.”” Castilho insistiu que ele não estava preso, mas Arraes declarou que aquela era sua residência e só sairia preso. A comitiva saiu.{{Sfn|CEMV Dom Helder Câmara|2017|p=31}} Hélio Silva registra que o coronel Castilho ordenou a prisão e deposição do governador quando ele tentou sair do palácio, mas manteve-o no prédio por Arraes declarar que morava ali.{{Sfn|Silva|2014|p=370}}
Após o fracasso da primeira comitiva, Justino ordenou a deposição do governador,{{Sfn|Silva|2014|p=369}} que, por sua vez, telefonou a [[Brasília]] e ouviu de [[Argemiro de Assis Brasil|Assis Brasil]], chefe do [[Casa Militar (Brasil)|Gabinete Militar]] da Presidência: “”Resista, governador, porque estamos vencendo em todas as frentes””.{{Sfn|Silva|2014|p=370}} O novo ultimato falhou às 15:00.{{Sfn|D’Aguiar|1976|p=174}} Num dado momento houve ainda a exigência de que Arraes renunciasse. O governador só aceitaria sua deposição pela força, afirmando que não sairia dali desmoralizado.{{Sfn|Motta|2003|p=72|loc=Tomo 6}}{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=76}} Conforme Celso Furtado, os oficiais novamente compareceram ao palácio e o coronel Castilho foi incisivo — “”o senhor está deposto por ordem do IV Exército””. Arraes respondeu: “”Deposto, não. Poderei estar preso.”” Castilho insistiu que ele não estava preso, mas Arraes declarou que aquela era sua residência e só sairia preso. A comitiva saiu.{{Sfn|CEMV Dom Helder Câmara|2017|p=31}} Hélio Silva registra que o coronel Castilho ordenou a prisão e deposição do governador quando ele tentou sair do palácio, mas manteve-o no prédio por Arraes declarar que morava ali.{{Sfn|Silva|2014|p=370}}
Arraes recebeu ordem de prisão depois das 16:00.{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=76}} Segundo o coronel Castilho, o governador reagiu com serenidade à sua deposição, apenas declarando: “”Estranho esse desfecho””. A ideia de mantê-lo preso dentro do palácio foi abandonada depois dele tentar uma ligação telefônica ao Rio de Janeiro, presumivelmente ao presidente. Ele foi recolhido no início da noite ao quartel do 14º RI, onde ficou na residência do coronel Castilho.{{Sfn|Silva|2014|p=370}}{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=77}}
Arraes recebeu ordem de prisão depois das 16:00.{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=76}} Segundo o coronel Castilho, o governador reagiu com serenidade à sua deposição, apenas declarando: “”Estranho esse desfecho””. A ideia de mantê-lo preso dentro do palácio foi abandonada depois de ele tentar uma ligação telefônica ao Rio de Janeiro, presumivelmente ao presidente. Ele foi recolhido no início da noite ao quartel do 14º RI, onde ficou na residência do coronel Castilho.{{Sfn|Silva|2014|p=370}}{{Sfn|Rozowykwiat|2004|p=77}}
== Desdobramentos ==
== Desdobramentos ==