Proclamação da República
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Com a Proclamação da República do Brasil, um Governo Provisório liderado por [[Deodoro da Fonseca]], veterano da [[Guerra do Paraguai]] e o proclamador da República, assumiu a Presidência. As primeiras mudanças de seu governo envolviam a criação do [[Código Penal dos Estados Unidos do Brasil|Código Penal Brasileiro]], a reforma do [[Código Comercial do Brasil]] e medidas que oficializavam a [[separação Igreja-Estado|separação da Igreja e o Estado]], tais como a instituição do [[casamento civil]] e a laicização de cemitérios. No plano econômico, ocorreu a chamada [[Encilhamento|crise do Encilhamento]], caracterizada por uma grande [[bolha especulativa]] e [[inflação]] alta, devido às políticas econômicas iniciadas ainda no período monarquico pelo [[Afonso Celso de Assis Figueiredo|Visconde de Ouro Preto]], o último [[Lista de primeiros-ministros do Brasil|chefe de governo]] do [[Império do Brasil]], e que depois foram intensificadas pelo Ministro da Fazenda de Deodoro da Fonseca, [[Ruy Barbosa]].
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Com a Proclamação da República do Brasil, um Governo Provisório liderado por [[Deodoro da Fonseca]], veterano da [[Guerra do Paraguai]] e o proclamador da República, assumiu a Presidência. As primeiras mudanças de seu governo envolviam a criação do [[Código Penal dos Estados Unidos do Brasil|Código Penal Brasileiro]], a reforma do [[Código Comercial do Brasil]] e medidas que oficializavam a [[separação Igreja-Estado|separação da Igreja e o Estado]], tais como a instituição do [[casamento civil]] e a laicização de cemitérios. No plano econômico, ocorreu a chamada [[Encilhamento|crise do Encilhamento]], caracterizada por uma grande [[bolha especulativa]] e [[inflação]] alta, devido às políticas econômicas iniciadas ainda no período monarquico pelo [[Afonso Celso de Assis Figueiredo|Visconde de Ouro Preto]], o último [[Lista de primeiros-ministros do Brasil|chefe de governo]] do [[Império do Brasil]], e que depois foram intensificadas pelo Ministro da Fazenda de Deodoro da Fonseca, [[Ruy Barbosa]].
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Duas correntes republicanas se chocavam dentro do próprio Governo Provisório: a corrente [[Liberalismo|liberal]]-[[Democracia|democrática]], que visava a uma [[República]] [[federalismo|federativa]] e [[presidencialismo|presidencial]], com [[separação de poderes]], nos moldes [[Estados Unidos|estadunidenses]]; e a corrente [[positivismo|positivista]], que defendia uma [[ditadura]] republicana, segundo os princípios do filósofo francês [[Auguste Comte]].
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Duas correntes republicanas se chocavam dentro do próprio Governo Provisório: a corrente [[Liberalismo|liberal]]-[[Democracia|democrática]], que visava a uma [[República]] [[federalismo|federativa]] e [[presidencialismo|presidencial]], com [[separação de poderes]], nos moldes [[Estados Unidos|estadunidenses]]; e a corrente [[positivismo|positivista]], que defendia uma [[ditadura]] republicana, segundo os princípios do filósofo francês [[Auguste Comte]].
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Uma terceira corrente era a dos [[jacobisnimo|jacobinos]], era tida pelas demais como radical, e por isso denominada de “jacobina”, em referência aos revolucionários mais enérgicos da Revolução Francesa. Defendiam mudanças mais radicais, e queria implantar uma República com base populista<ref>https://www.proenem.com.br/enem/historia/proclamacao-da-republica-e-os-militares-no-poder/</ref><ref>https://blog.estrategiavestibulares.com.br/historia/republica-no-brasil/</ref>. Não chegou a ter expressão política.
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Venceu a corrente liberal-democrática, sustentada por [[Campos Sales]], [[Ruy Barbosa]] e [[Prudente de Morais]].
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Os partidos Liberal e Conservador do período monárquico haviam sido declarados extintos três dias após a proclamação da República.<ref name=”:Rodrigues”>{{citar livro|titulo=Rodrigues Alves|ultimo=Silva|primeiro=Hélio|ano=1983|editora=Três|local=São Paulo|acessodata=}}</ref> Políticos de convicção monarquista (tanto liberais quanto conservadores) tornaram-se órfãos de um partido, com alguns escolhendo abandonar a política, enquanto outros decidiram dar continuidade as suas carreiras no novo regime.<ref name=”:Rodrigues”/> A massa dos políticos, entretanto, aderiu à república de modo indiferente.
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Os partidos Liberal e Conservador do período monárquico haviam sido declarados extintos três dias após a proclamação da República.<ref name=”:Rodrigues”>{{citar livro|titulo=Rodrigues Alves|ultimo=Silva|primeiro=Hélio|ano=1983|editora=Três|local=São Paulo|acessodata=}}</ref> Políticos de convicção monarquista (tanto liberais quanto conservadores) tornaram-se órfãos de um partido, com alguns escolhendo abandonar a política, enquanto outros decidiram dar continuidade as suas carreiras no novo regime.<ref name=”:Rodrigues”/> A massa dos políticos, entretanto, aderiu à república de modo indiferente.
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